Criciúma Social - 140 anos

Criciúma Social - 140 anos


Da janela, uma brisa fria de inverno adentra à sala, permitindo que a alma transcenda o corpo e consiga lembrar-se das tantas colunas sociais que desde 1955 permanecem na memória.

Uma vez consideradas essas lembranças, é que melhor podemos comentar os fatos sociais do agora, até levando em conta que o passado é sempre oportuno para hoje computadorizarmos os registros que digam respeito aos 140 anos da Criciúma Social.

Evidente, que como ensina o famoso sociólogo: “Não podemos jamais esperar hoje, o que encontramos ontem”. Sim! Os tempos mudaram, modificaram-se as sociedades, criaram-se novas paisagens, projetos, prensas e daí, a lapidação que então chega alternando também o colunismo da época. Muitas vezes até sofrido pela provação das críticas movidas pelo catar dos caramujos, pelos dedos metediços e, pelos olhos furadores que movem a instintiva  vaga do despeito. Digamos vezes até oportunas, mas jamais abalando o ânimo perseverante dos colunistas, que antes de permitirem as Sociais como privilégio apenas das classes ricas, antes acreditam vê-las como possibilidades do conhecimento das elites, até para a motivação benéfica, muitas vezes esquecida na mais densa ignorância. Embora suspeitos, até por um preito de justiça, gostamos de receber as distinções anuais, isto é, até motivadas pelos noticiários cintilantes, digamos pelos Trajes da Corte que, em parte não só amenizam a violenta avalanche diária das fatalidades, como incentivam os heróis anônimos que por infundado receio permitem trabalhos talentosos engavetados.

É a coluna social que através “Lares e Salões” traz nas telas e nas folhas da imprensa, o brilho de um povo que cresce quer como entusiasta das manifestações culturais, políticas e comerciais, quer através dos shows da elegância que sobrepujam uma série de assuntos refinados e que, sinceramente dizendo, servem até para amenizar as dúvidas dos homens da baixa-estima, incitando-os também a se lançarem à conquista do charme e do privilegiado estilo da moderna Criciúma, agora nos seus 140 anos.

É então a força do meio-ambiente que hoje aplaudimos chegando também graças a notoriedade da crônica social. Daí, porque não haveremos nós os protagonistas do colunismo prosseguirmos reunidos em clima de comemoração homenageando fatos, gentes e coisas, sempre com o objetivo de não só de massagear egos, como mesmo que seja através daquilo que tantos intitulam de futilidades, exercitamos nós a mais linda das filosofias sociais de Cristo: “O Amor ao Próximo”.

Beverly Godoy Costa. Escritora, Colunista Social e Membro da Academia Criciumense de Letras

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